Logística Reversa

O que é logística reversa?

Você sabe o que é logística reversa e como a adoção desse tipo de processo por parte das empresas pode contribuir para o meio ambiente?

A logística reversa é um assunto que ganha cada vez mais força, à medida que cresce a preocupação da sociedade com a preservação do meio ambiente e as gerações futuras.

Para termos uma ideia da importância deste tema, são anualmente gerados 80 milhões de toneladas de lixo no Brasil e cerca de 2 bilhões de toneladas em todo mundo.

Sem dúvida alguma, é muito lixo prejudicando o meio ambiente, e a logística reversa pode contribuir para solucionar esse tipo de problema. Quer saber como? Então confira o conteúdo que preparamos para você.

A logística reversa é uma ferramenta que contribui para redução do lixo gerado pela sociedade, ajudando a diminuir custos e na preservação do meio-ambiente.

Este modelo logístico é empregado sempre que o consumidor solicita a troca ou devolução de um produto, mas também pode ser utilizado para evitar que embalagens e produtos usados sejam descartados de forma inadequada na natureza.

Como o próprio nome sugere, na logística reversa o produto retorna do cliente para o fornecedor, devido algum defeito, avaria ou desistencia, fazendo o caminho inverso ao de compra. Em algumas organizações, esse recurso já faz parte do processo de pós-venda.

As mercadorias e embalagens que retornam para os fornecedores após o uso podem ser recicladas e reaproveitadas, evitando descarte na natureza e reduzindo uma boa parte dos custos de produção.

Qual é a origem da logística reversa?

A logística reversa já é aplicada em países mais desenvolvidos há bastante tempo. Na Europa, por exemplo, essa técnica é empregada há mais de 30 anos.

No entanto, aqui no Brasil, ela começou a ganhar mais força após a aprovação e publicação da Política Nacional de Resíduos de 2010.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos dispõe sobre princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público.

Em direção a proteção do meio ambiente e a implantação da logística reversa no Brasil, podemos destacar o artigo 33 da legislação em questão, que determina o seguinte:

“Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

  • I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;
  • II – pilhas e baterias;
  • III – pneus;
  • IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
  • V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
  • VI – produtos eletroeletrônicos e seus componentes.”

É claro que ainda existe muito para evoluir, mas este é o marco que deu início a logística reversa em nosso país.

Como funciona a logística reversa?

A implantação da logística reversa em seus processos ainda é um desafio para muitas empresas, mas é cada vez mais urgente e necessária.

Para que você compreenda melhor e domine o assunto, veja como funciona este modelo logístico, na prática, através do passo a passo abaixo:

Consumidor devolve o produto ou embalagem: tudo começa com um pedido de devolução, troca ou descarte de embalagens e produtos por parte dos clientes. A partir deste start, o lojista coleta ou determina pontos de coleta para recolhimento dos itens.

Devolução dos produtos e embalagens para o fabricante: após a coleta, o lojista dá continuidade ao caminho inverso, retornando à mercadoria ou suas embalagens para o fabricante.

O fabricante se compromete com a destinação correta: por fim, o fabricante promoverá a destinação correta dos itens, podendo destiná-los ao reuso, reciclagem ou, em último caso, ao descarte adequado, ou seja, de forma a não causar prejuízos ao meio ambiente.

Observe que o processo é muito mais simples do que parece, e com um pouco de esforço das empresas e boas políticas públicas pode ser perfeitamente colocado em prática.